21/08/2025

PF deflagra operação contra fraude de R$ 110 milhões envolvendo funcionários da Caixa e de outros bancos

Fonte: Valor Econômico
A Polícia Federal cumpre 26 mandados de prisão e 28 mandados de busca e
apreensão em oito cidades do estado do Rio de Janeiro e em São Paulo, na
capital, no âmbito da segunda fase da Operação Oasis 14, deflagrada nesta
quinta-feira (21), para desarticular organização criminosa especializada em
fraudes contra o sistema financeiro nacional e a programas sociais.
Segundo a PF, dos 26 mandados de prisão, 14 prisões foram confirmadas até
agora. Já dos 28 mandados de busca e apreensão, dez foram cumpridos em
Niterói (RJ), oito em São Gonçalo (RJ), quatro no Rio de Janeiro (RJ), dois em
Nova Friburgo (RJ); um em São Paulo (SP), um em São Pedro da Aldeia (RJ),
um em Saquarema (RJ) e um em Itaboraí (RJ).
A atuação conjunta com a Caixa, segundo a PF, permitiu o cruzamento de
dados e a identificação de cerca de 200 operações de crédito fraudulentas, que
totalizaram pelo menos R$ 33 milhões de prejuízo documentado somente em
detrimento do banco público. Estima-se um prejuízo total de R$ 110 milhões
ao Sistema Financeiro Bacional.
Durante as buscas na residência de um dos alvos da operação, na cidade de São
Pedro da Aldeia (RJ), conforme a PF, os polícias encontraram um revólver com
seis munições, o que resultou na prisão em flagrante do investigado. Desta
forma, além da prisão por força do mandado judicial, ele foi preso em flagrante
por posse ilegal de arma de fogo.
“A investigação, que teve início em maio de 2024, revelou um esquema
envolvendo mais de 330 empresas de fachada sob a gestão da organização
criminosa, seis funcionários públicos da CEF (Caixa) e quatro funcionários de
instituições bancárias privadas diretamente envolvidos, uso de documentos
falsos e indivíduos de baixa renda utilizados como “laranjas”, além do uso de
“fantasmas” como sócios de empresas”, informou a PF.
Ainda de acordo com a PF, o esquema criminoso incluía simulação de
movimentações financeiras, uso de imóveis reais como fachada para empresas
fictícias, além da abertura de contas e concessão de empréstimos com auxílio
dos bancários integrantes da organização.
A investigação contou com o apoio da Corregedoria e da Centralizadora
Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa Econômica Federal.